A Diplomática foi conteúdo estudado e debatido no VII Congresso Nacional de Arquivologia (CNA), ocorrido entre 17 e 21 de Outubro do corrente, na cidade de Fortaleza, Ceará.
Representando esta disciplina no evento, destacou-se a oficina intitulada “Diplomática Contemporânea”, ministrada pela Doutora Natália Bolfarini Tognoli, professora do curso de Arquivologia da Faculdade de Filosofia e Ciências, vinculada à Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Marília.
Em entrevista concedida ao site “arquivologiauepb.com.br”, a Dra. Natália Tognoli foi questionada acerca da relevância do papel da Diplomática em sua relação com as funções arquivísticas e competências administrativas.
A professora inicia sua fala destacando a importância da Diplomática no contexto da Arquivologia. Reforça o seu discurso dizendo que se trata de uma disciplina formativa para os alunos de Arquivologia e crucial para o trabalho dos Arquivistas. Sua essência volta-se para o estudo do documento desde a sua origem, a sua identificação e suas relações com os demais documentos. Desse modo, é a Diplomática que garante a autenticidade e a fidedignidade dos documentos, incluindo os produzidos/gerados em ambiente digital.
Ao estabelecer os metadados de um documento digital para o seu registro e controle nos sistemas de informação, estar-se-á fazendo uso da Diplomática enquanto método. Significa afirmar que a Diplomática do século XIX pode ser aplicada aos documentos do século XXI, incluindo os de natureza administrativa.
Concluiu asseverando que a 7. edição do CNA, ao permitir a inclusão da Diplomática em oficina, demonstrou extrema sensibilidade quanto à necessidade em discuti-la. Trata-se do reconhecimento da comunidade tanto científica quanto profissional dos estudos da Diplomática no cenário brasileiro.
Professora da Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da UNESP e líder do grupo de pesquisa “Diplomática Arquivística”, a professora Tognoli lançou nesta edição do CNA o livro “A construção teórica da Diplomática: em busca da sistematização de seus marcos teóricos como subsídio aos estudos arquivísticos”.
